Saúde

Direcção clínica do Santa Maria nega cegueira irreversível

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A Direcção Clínica do Hospital de Santa Maria disse, esta segunda-feira, em comunicado, que não se pode falar em cegueira irreversível no caso dos doentes afectados por complicações graves depois de lhes ter sido aplicado um medicamento.

A Direcção Clínica do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, esclareceu, em comunicado, que «não é possível com rigor, dado o tempo decorrido, estabelecer um prognóstico sólido» da evolução da situação clínica dos doentes que cegaram depois de ali terem feito um tratamento.

«Todos os oftalmologistas envolvidos no acompanhamento dos doentes em causa são unânimes em afirmar que a endoftalmite que os atingiu não se encontra estabilizada em nenhum deles, apresentando até quadros evolutivos significativamente diferentes», lê-se no documento.

Assim, o hospital conclui que «não se podem considerar irreversíveis os danos oftalmológicos sofridos por aqueles doentes».

O esclarecimento surge na sequência de afirmações de doentes, que diziam ter sido informados de que a cegueira era definitiva.

Entretanto, Eurico Reis, o juiz que preside à comissão que avalia a dimensão dos danos e a respectiva indemnização aos doentes, disse que a hipótese de cegueira irreversível foi considerada desde o início.