Sociedade

Marcelo alerta para "pico" de risco de incêndio com agravamento a partir de terça-feira

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (C), acompanhado pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro (D), e pela secretária de Estado da Proteção Civil Patrícia Gaspar (E) fala aos jornalistas, esta manhã depois de participar na reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON). Sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil em Carnaxide, Oeiras, 10 de julho de 2022. MIGUEL A. LOPES/LUSA Miguel A. Lopes/Lusa

O Presidente da República definiu o risco de incêndios "em duas fases": uma entre hoje e segunda-feira, e outra a partir de terça-feira, que poderá durar "um número de dias variável, entre três e quatro".

O Presidente da República alertou este domingo que, nos próximos dias, se irá atingir "um pico" no risco de incêndios, com um "agravamento" a partir de terça-feira que pode durar entre três e quatro dias.

"Temos sobretudo, nos próximos dias, um pico, se quiserem, isto é uma situação muito mais grave do que a que corresponde à situação, já complicada, no período dito de verão", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República falava aos jornalistas na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide, Oeiras (Lisboa), depois de participar na reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional (CCON), em que também marcou presença o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, a secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, e o secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas, João Paulo Catarino.

Marcelo afirmou que, dentro do pico dos próximos dias, é possível dividir o risco de incêndios "em duas fases": uma entre hoje e segunda-feira, e outra a partir de terça-feira, que poderá durar "um número de dias variável, entre três e quatro".

"Quando se fala em hoje e amanhã [segunda-feira], estamos numa situação que é grave, que pode dar a situação amanhã, porventura, de um aparente desagravamento, e que pode ser ilusório, no sentido de levar as pessoas a facilitar na sua reação, quando há dados que permitem apontar para um agravamento no dia seguinte", advertiu.

O chefe de Estado referiu que, na fase que irá durar até segunda-feira, "ainda não há os ventos que se teme" virem a existir "com uma intensidade que não tem existido até agora" a partir de terça-feira.

Marcelo referiu ainda que "a mancha abrangida" pelos incêndios neste momento "é uma", na segunda-feira "será mais ou menos a mesma, mas, em princípio, poderá aumentar de forma drástica" a partir de terça-feira, "cobrindo todo o território nacional, menos uma faixazinha no litoral norte".

"Portanto, é isso que leva a dizer que possa haver a partir de dia 12, incluindo dia 12, não só um alargamento da extensão da área de risco, como dos fatores de risco (...) [com] elevadas temperaturas que podem subir então -- nomeadamente as máximas -- e a humidade baixa que pode agravar-se então, baixando essa humidade, [a] somar-se uma intensidade dos ventos não necessariamente verificáveis hoje e amanhã", sublinhou.

O Presidente da República deixou assim um apelo: "É preciso neste momento, perante este pico, fazer tudo para que o saldo final, no termo destes dias, desta semana, seja um saldo que seja o mais positivo possível e não o mais negativo possível. É este esforço que temos todos que fazer".