Os deputados não vão discutir o furto dos gravadores de jornalistas da Sábado protagonizado pelo socialista Ricardo Rodrigues. No Parlamento, apenas o PSD e o BE defenderam essa discussão.
Os deputados estiveram cerca de uma hora a discutir se deviam ou não debater o caso dos gravadores furtados pelo socialista Ricardo Rodrigues a jornalistas da revista Sábado.
Ganharam os argumentos contra de PS, CDS e PCP. O comunista António Filipe justificou que se o caminho fosse esse também se teria de tratar assuntos como uma agressão entre dois deputados.
O assunto foi levado à Comissão de Assuntos Parlamentares pelo PSD. O social-democrata Fernando Negrão citou um email que recebeu do Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas, pedindo que se discutisse o assunto.
«O que se põe em causa é uma eventual atitude de condicionamento da actividade e da actuação dos jornalistas no Parlamento», defendeu.
Ana Catarina Mendes, do PS, não se deixou convencer por este argumento, considerando a discussão do furto excessiva. O CDS-PP concordou, alegando que nenhum deputado pode proceder a condenações políticas de um colega.
Ao fim de tanto tempo a discutir a hipótese de discussão, ficou encerrado o tema com a proposta do presidente, Osvaldo de Castro, de enviar uma carta ao Sindicato dos Jornalistas a dar conta disto mesmo.