Política

CGD confirma que não houve perdão de dívida a Carlos Pereira

Paulo Jorge Magalhães/Global Imagens (arquivo)

Instituição bancária adianta que foi "totalmente ressarcida do capital que emprestou acrescido dos juros à taxa supletiva legal".

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) garantiu, esta sexta-feira, que não houve um perdão de dívida ao deputado do PS Carlos Pereira, que anunciou a sua saída da Comissão Parlamentar de Inquérito à TAP, e que foi "totalmente ressarcida" do empréstimo à empresa de que o parlamentar era avalista.

"A CGD confirma que não houve perdão de dívida, pois o acordo foi efetuado pelo valor que, à data, considerou legalmente devido", esclarece o banco público numa nota enviada à TSF.

No mesmo documento, lê-se que "a CGD foi totalmente ressarcida do capital que emprestou acrescido dos juros à taxa supletiva legal".

"A CGD esclarece que o crédito resulta do incumprimento de empresa que veio a ser declarada insolvente, cujo processo veio a encerrar por insuficiência de bens, sem qualquer pagamento dos credores", acrescentou o banco, que garante ter tido autorização do deputado Carlos Pereira para divulgar os detalhes.

O coordenador do PS na comissão de inquérito à TAP, Carlos Pereira, afirmou hoje que vai sair daquele órgão parlamentar para poder dar-lhe a "tranquilidade necessária", acabando com o que considerou um "clima de suspeição".

A decisão surge na sequência de uma notícia avançada na quinta-feira pelo jornal Correio da Manhã sobre um alegado perdão de parte (66 mil euros) de uma dívida de Carlos Pereira enquanto avalista de uma empresa que faliu em 2015.

Gonçalo Teles com Lusa