Na perspetiva de António José Seguro "é preciso parar de fingir e não esconder o sol com a peneira" porque "há falhas no Serviço Nacional de Saúde que precisam de ser corrigidas e depois há equipamentos que não funcionam"
O candidato presidencial António José Seguro considerou esta segunda-feira que Portugal não se pode transformar num "país de pés de barro" e rejeita que se considerem normais as falhas na saúde, defendendo que sejam atacadas "as causas dos problemas".
Em declarações à agência Lusa a propósito do dia de campanha que dedicou esta segunda-feira à comunidade portuguesa em Bruxelas, Seguro foi questionado sobre os desenvolvimentos quanto ao caso da morte da grávida no Hospital Amadora Sintra, recusando comentar a parte da polémica e o debate entre Governo e partidos.
"A outra parte é de uma enorme gravidade. Nós temos tido nos últimos meses notícias trágicas e situações que são completamente anormais, mas que parece que estão a criar uma nova normalidade", criticou.
Na perspetiva do candidato presidencial, "é preciso parar de fingir e não esconder o sol com a peneira" porque "há falhas no Serviço Nacional de Saúde que precisam de ser corrigidas e depois há equipamentos que não funcionam".
"Hoje vi uma notícia que, se a ser verdade, de um helicóptero que estava no Algarve e que mesmo que as condições meteorológicas fossem favoráveis, não podia levantar o voo. Ora, isto é uma coisa inaceitável, isto é o típico de um país de pés de barro e nós não podemos transformar-nos num país de pés de barro", condenou.
Para Seguro é preciso "atacar as causas dos problemas e não os sintomas dos problemas".
"Temos que passar para lá da espuma do dia-a-dia e encontrar soluções duradouras. É por isso que eu há mais de um ano ando a falar num pacto para a saúde, mas não é um pacto de conversa fiada", reiterou.
Este pacto, de acordo com o candidato presidencial apoiado pelo PS, passaria por "medidas muito concretas, muito claras e muito objetivas com financiamento para poder ser concretizado".
"E que se traduza, no final, num melhor acesso dos portugueses aos cuidados de saúde", explicou, considerando que "chega de palavras" e que "é preciso ações".