Um belga e um português do circo Cardinali serão os primeiros moradores do primeiro santuário europeu
Foi o melhor espaço que o fundo Pangea encontrou na Europa. Um espaço imenso, 400 hectares, entre Alandroal e Vila Viçosa. Um espaço com declives, charcos, lagos, sobreiros e agora também com uma cerca e estábulos que o frio do Alentejo não é para todos.
Espera-se que seja como o céu para algumas dezenas de elefantes que passaram a vida, ou até já nasceram, em cativeiro: uns em circos, outros em zoos mais ou menos privados.
As três herdades foram compradas há mais de dois anos, só depois contactadas as câmaras municipais de Vila Viçosa e do Alandroal. Não havia nada, nem legislação. Foi preciso começar tudo do zero.
O santuário está pronto para receber os primeiros animais, ainda este ano. Por sinal, o último ano em que os circos podem ter animais em Portugal.
Prevê-se que venha um elefante de um circo belga, outro virá do circo Cardinali. O espaço foi construído de forma a poder crescer, movendo as cercas, sempre com área confortável para algumas dezenas de elefantes.
Este é o primeiro refúgio de fim de vida para elefantes em cativeiro, mas espera-se que outros países da Europa sigam o exemplo, o que agora nasce no Alentejo, quer-se que seja um modelo.
A duquesa do Cadaval é patrona, a artista plástica Joana Vasconcelos é embaixadora. Graça Fonseca, ex-ministra da Cultura, pertence ao conselho de desenvolvimento do Pangea e apresenta-nos o santuário alentejano para elefantes de toda a Europa.