A ideia é encontrar pontos de convergência entre os vários agentes da Justiça, uma área onde os consensos, as reformas, a celeridade e a eficácia têm estado muito mais nos discursos do que nas ações
A Assembleia da República vai receber uma reunião para encontrar "consensos" na Justiça. O encontro esteve para ser em nos primeiros meses do ano, mas por causa da mudança no ciclo político acaba por concretizar-se, agora, depois de anunciada pelo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, na abertura do ano judicial.
Vão ser cerca de dez minutos para cada um dos participantes apresentar cinco propostas que traduzam cinco prioridades para melhorar o sistema judicial português.
Aguiar-Branco, que em janeiro alertava que "quem não reforma, é reformado e que quem não apresenta soluções torna-se parte do problema" vai ser o primeiro a falar, segue-se a ministra da Justiça e depois todos os principais atores da Justiça como, por exemplo, os presidentes do Supremo Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Administrativo e o procurador-geral da República, Amadeu Guerra.
Vão estar também presentes, representantes da Provedoria da Justiça, bastonários das Ordens e dos sindicatos ligados ao setor.
Já os grupos parlamentares presentes vão pronunciar-se sobre como é que o Parlamento pode agilizar a Reforma da Justiça
Todos reunidos durante esta manhã, talvez tendo ainda na memória as palavras do Presidente da República que, por mais de uma vez, tentou que existisse o apregoado Pacto da Justiça.
Na abertura do ano judicial, mais uma vez, Marcelo Rebelo de Sousa alertou que "o tempo foge e convida a que Assembleia da República, Governo e protagonistas da Justiça não desperdicem esse tempo".