Em contagem decrescente para a Black Friday, Alexandre Nilo Fonseca, presidente da Associação de Economia Digital, revela à TSF que a procura está a fazer crescer as empresas que operam no mercado eletrónico
Os portugueses já gastaram este ano 11 mil milhões de euros no comércio online, o que corresponde a mais mil milhões de euros relativamente ao ano passado. A estimativa é da Associação de Economia Digital. Em declarações à TSF, Alexandre Nilo Fonseca, presidente da associação, revela que a procura está a fazer crescer as empresas que operam no mercado eletrónico.
"As nossas estimativas apontam que o número daquilo que se chama 'Business to Consumer', ou seja, o que os consumidores portugueses compram não só em lojas portuguesas, mas também fora de Portugal, poderá ser qualquer coisa como 11 mil milhões de euros. Estamos a falar já de um número bastante significativo de entidades que vendem através da internet. Cerca de 20% das empresas portuguesas já fazem e-commerce, o que revela um crescimento significativo nos últimos anos", explica à TSF Alexandre Nilo Fonseca, sublinhando que "a grande evolução verifica-se no número de compradores, no volume das compras e na sofisticação da utilização".
Com a aproximação da Black Friday, que se assinala esta sexta-feira, esperam-se ainda mais compras, sobretudo, no que diz respeito aos produtos tecnológicos. Por isso, o presidente da Associação de Economia Digital alerta que, nesta altura do ano, surgem sempre lojas online falsas e deixa conselhos aos consumidores:
"Existe um selo atribuído pela entidade que gere os domínios em Portugal, o 'Confio'. Este selo garante que as lojas são de confiança, portanto esse é um primeiro ponto. É certo que há lojas que são confiáveis e que mesmo assim não têm o selo, mas um ponto de partida poderia ser esse. Obviamente procurar marcas e lojas com boa reputação e conhecidas também é uma garantia. Também verificar se a empresa, além de e-mail, tem outra forma de contacto, como, por exemplo, o telefone, se tem uma morada em Portugal, se tem número de contribuinte em Portugal."
Alexandre Nilo Fonseca reforça ainda que existe legislação que protege os consumidores que fazem compras online.