A Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) esclarece que os testemunhos contraditórios de dois médicos da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) foram decisivos na anulação da suspensão do antigo seleccionador nacional.
Em comunicado, depois de o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) ter dado provimento ao recurso do ex-selecionador, anulando a suspensão de seis meses decretada pela ADoP, esta destaca que o TAS considerou que a conduta de Queiroz, que dirigiu insultos a uma brigada de médicos da ADoP e ao seu presidente, Luís Horta, foi «inapropriada e ofensiva» e «totalmente inaceitável».
«Não obstante, o TAS considerou também que tais palavras não se dirigiriam directamente aos médicos da ADoP», lê-se ainda no documento da Autoridade Antidopagem a que Lusa teve acesso.
Para esta conclusão contribuiu o facto de os testemunhos dos dois médicos da FPF, em Lausana, terem apresentado contradições com o que tinham afirmado no processo que decorreu em Portugal.