O "histórico" do PS sente-se «enganado» pelo médico da AMI, que agora é cabeça de lista do PSD por Lisboa às eleições legislativas de 5 de Junho.
Em declarações à TSF, Edmundo Pedro revela-se descontente pelo facto de o candidato que apoiou às presidenciais fazer agora parte da lista do PSD: «Estou arrependido, se soubesse que a sua intenção era esta, hoje não o apoiava».
Se o objectivo de Nobre seria «encostar-se a um partido fosse ele qual fosse não o teria apoiado para presidente da República», prossegue o socialista. Na altura, considerou que a candidatura do independente às presidenciais era «uma missão nobre» e que visava a «consolidação da democracia».
Hoje, Edmundo Pedro defende que o médico da AMI, como candidato do PSD, não vai conseguir reunir os votos que obteve enquanto candidato presidencial, em que recolheu 14 por cento das preferências do eleitorado.
«É um grande erro de cálculo porque ele pensa que leva atrás os tais 600 mil votos. Não leva. Eles são resultado da posição que tomou. A sociedade estava afastada da política e ele trouxe-a à participação» acrescenta Edmundo Pedro.
«A posição que ele toma agora é a negação disso tudo», conclui.