O líder do CDS-PP criticou, esta terça-feira, PS e PSD por discutirem se «estiveram juntos pessoalmente ou por telefone» num momento de dificuldade do país e no dia em que os técnicos do FMI chegaram a Portugal.
«Não deixa de ser extraordinário quando aterram em Portugal os técnicos do FMI [Fundo Monetário Internacional] e da Comissão Europeia a quem Portugal pediu ajuda externa num momento de extrema dificuldade os dois maiores partidos do sistema estejam a discutir se estiveram juntos pessoalmente ou se estiveram juntos por telefone», afirmou Paulo Portas.
Questionado pelos jornalistas à margem de uma reunião com a direcção da União das Misericórdias Portuguesas, em Lisboa, Paulo Portas sublinhou que «todo o país sabe que os dois maiores partidos estiveram juntos no PEC1, no PEC2, no PEC3, no Código Contributivo, nos recibos verdes, nas leis penais, na oposição aos genéricos ou na defesa corporativa dos gestores públicos».
Esta terça-feira, o líder parlamentar do PS, Francisco Assis, acusou o presidente do PSD, Passos Coelho, de ter omitido durante semanas que tinha estado reunido com o primeiro-ministro um dia antes da apresentação do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) e de ter feito passar a ideia de que o assunto foi tratado através de «um mero e simples telefonema».
Já segunda-feira à noite, depois da entrevista de Passos Coelho à TVI, o socialista João Tiago Silveira afirmou que a ideia «lançada pelo PSD de que apenas foi recebido um telefonema» ficou «desmascarada».
Passos Coelho foi questionado sobre o assunto na entrevista e respondeu que além do telefonema do primeiro-ministro, que já tinha divulgado, houve também um encontro presencial entre os dois na residência oficial do chefe do Governo, sobre o PEC.