Economia

FMI terá em conta custo social das medidas, diz ex-economista do Fundo

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A economista que liderou a equipa do FMI que esteve em Portugal em 1983 disse à TSF que acredita que o Fundo não deixará de ter em conta o custo social das medidas que serão impostas.

Em entrevista à TSF, Teresa Ter-Minassian reconheceu que nenhum país pode viver apenas com medidas de austeridade, sendo necessário também que se promovam reformas que contribuam para o crescimento da economia.

A economista italiana mostra-se segura de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) não chega a Portugal com receitas pré-definidas, estando aberto a sugestões das autoridades portuguesas.

«Há um diálogo bastante aberto com as autoridades do país para identificar quais são as medidas necessárias» e as medidas possíveis «do ponto de vista político e social para minimizar os custos», explicou.

A economista que liderou a equipa do FMI que esteve em Portugal em 1983 esclareceu que «o ritmo do ajuste, a composição das medidas, o enfoque sobre um ou outro aspecto é determinado muito pela discussão das condições económicas do momento» e também pelos «aspectos políticos e sociais».

Sobre as taxas de juro que serão aplicadas a Portugal, Teresa Ter-Minassian acredita que não serão muito diferentes das que estão a ser pagas pela Grécia e pela Irlanda, isto é, à volta dos cinco por cento.