Depois de Passos Coelho ter proposto um limite máximo para as reformas pagas pelo Estado, o PS considerou que esta medida iria ter custos enormes.
O PS criticou a proposta do líder do PSD relativa ao limite máximo para as reformas pagas pelo Estado, apresentada esta terça-feira de manhã numa entrevista no Fórum TSF, uma vez que a ideia pode sair cara aos portugueses.
Reagindo a esta proposta de Pedro Passos Coelho, o porta-voz dos socialistas defendeu que a ideia de abdicar de receitas hoje para limitar pensões no futuro, resultará na «perda imediata de cerca de três por cento nas suas contribuições, isto é, cerca de 420 milhões de euros».
«A prazo, até 2050, os custos para o sistema serão superiores a 9350 milhões de euros, isto é, 5,5 pontos do nosso PIB», acrescentou Fernando Medina, que já teve responsabilidades na área da Segurança Social.
Para este porta-voz, «plafonar as contribuições significa que as pessoas de mais altos rendimentos descontam menos para o sistema de Segurança Social, enquanto que o sistema continua a pagar todas as pensões ao logo de 40 anos».
Fernando Medina recordou ainda que há muitas referências à proposta de plafonamento de pensões em 2003 e 2004, mas também «ao facto de não ter sido executada e implementada por ser uma proposta que coloca riscos sobre a sustentabilidade financeira da Segurança Social».
Este ex-secretário de Estado da Segurança Social lembrou ainda que esta proposta não foi implementada «fundamentalmente por ser uma proposta que em matéria de finanças públicas tem um peso incomportável nomeadamente nesta conjuntura».