O presidente da Câmara de Espinho diz que tem sido confrontado com uma nova pobreza, uma situação que considera «cada vez mais preocupante».
O comentário de Pinto Moreira foi feito à margem da Conferência sobre Reorganização Administrativa do país, que decorre no Porto e que é organizada em conjunto pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, TSF e JN.
O autarca afirmou que tem sido confrontado com uma nova pobreza, ou seja, pessoas que até há pouco tempo tinham emprego, um negócio que entretanto faliu, sendo que agora não têm nenhum apoio do Estado ou município.
«Há, efectivamente, os chamados novos pobres que são uma nova classe de desprotegidos socialmente», afirmou, sublinhando que «cerca de 4/5 das pessoas que recebe no gabinete revelam fragilidades recentes, um número que tem vindo a crescer de forma desmesurada».
Antes, foi a vez do presidente da União das Misericórdias, Manuel Lemos, traçar um quadro da situação social do país, algo que considera «cada vez mais grave».
No entender de Manuel Lemos, as dificuldades com que se deparam os mais idosos são um dos problemas sociais mais graves, face «às capacidades de resposta cada vez menores».