Eduardo Catroga promete solenemente que o PSD, se for governo, vai acabar com o «Estado gordo paralelo que o PS criou com clientelas».
O social-democrata Eduardo Catroga assegurou, esta quinta-feira, que o PSD «vai fazer uma revolução no Estado gordo paralelo» caso o partido liderado por Pedro Passos Coelho ganhe as eleições de 5 de Junho.
«Os portugueses não compreendem que se continuem a pedir sacrifícios com este novo Estado gordo paralelo que o PS criou com clientelas que, se formos governo, prometemos solenemente aos portugueses que vamos acabar. E aí vamos muito mais longe que a troika», explicou.
O PSD promete acabar com todas as empresas municipais e do sector público empresarial que não tenham pelo menos 50 por cento das receitas provenientes do mercado, que não o mercado público e entende que as empresas públicas precisam de um choque de produtividade.
«Os senhores maquinistas da CP trabalham quatro horas por dia (tempo de trabalho efectivo), o senhores motoristas da Carris quatro horas por dia. Há convenções colectivas do tempo do PREC, negociadas no séc. XX e que agora se têm de adaptar às necessidades do séc. XXI», adiantou.
Lembrando que os «contribuintes estão cansados de pagar indemnizações compensatórias», Catroga sublinhou que o projecto do TGV tem de ser redefinido com Espanha, até porque «uma coisa é um comboio de alta velocidade, outra coisa é um comboio de velocidade alta».
«O que defendemos para Lisboa-Madrid, face aos compromissos internacionais que o país já tem nesta matéria, é renegociar com Espanha e com a União Europeia no sentido de, sem pôr em causa o objectivo de uma ligação no âmbito das redes transeuropeias, fazer uma pausa para reflectir para criar condições de financiamento e o conteúdo do projecto», sublinhou.