O ex-Presidente da República reconheceu ter ficado «surpreendido» com o caso de alegada tentativa de agressão sexual que envolve o director-geral do Fundo Monetário Internacional.
À margem de uma sessão de autógrafos do seu livro "Centro do Furacão", no último dia da Feira do Livro de Lisboa, o histórico socialista português lamentou a acusação de autoria de crime sexual que envolve Strauss-Kahn, «uma grande figura do partido socialista e da política francesa».
Mas, realçou, «ainda não estava resolvido» que Strauss-Kahn fosse o próximo candidato presidencial dos socialistas franceses e notou que «há candidatos mais à esquerda».
Mário Soares comentou ainda que o director do FMI é «casado com uma mulher lindíssima, ainda por cima, chamada Anne Sinclair, uma grande jornalista e uma grande figura» e «já teve uma coisa desse estilo» aludindo a um caso anterior que envolveu o responsável pelo FMI, acusado de ter mantido uma relação de cariz sexual com uma das suas subordinadas, Piroska Nagy, responsável pelo departamento do FMI para África. Piroska Nagy acabou por abandonar o cargo que ocupava na instituição.
A mulher do director-geral do FMI já veio dizer que não acredita «nem por um segundo» nas acusações lançadas contra o marido.