O líder do CDS-PP defendeu, esta segunda-feira, numa acção de pré-campanha em Fafe, que os contratos a termo devem ser renovados durante a recessão.
Nas Feiras Francas de Fafe, Paulo Portas respondeu a muitas perguntas dos feirantes e frisou que anda na rua sem ser rodeado por seguranças.
O líder democrata-cristão lembrou que apesar das dificuldades há decisões que se devem ajustar à realidade da recessão técnica do país.
«Em recessão deve permitir-se a renovação dos contractos a termo porque se eles terminarem ao fim de três anos e não puderem ser renovados» este ano cerca de 200 mil pessoas podem ir para o desemprego ou passar a trabalhar por recibos verdes, alertou.
Paulo Portas disse ainda que os números da inflação revelados pelo Eurostat (quatro por cento em Abril) só demonstram que as famílias portuguesas não contam para tentar recuperar a economia.
«Como é que os bens essenciais sobem tanto» e as pensões dos mais pobres «ficam na mesma», devem questionar os reformados, disse Paulo Portas, para logo de seguir culpar PS e PSD pela decisão de congelar as pensões.
Esta decisão «não era justificada porque nós apresentámos um plano de poupanças em despesas secundárias do Estado», como publicidade, eventos, seminários e comunicações, «que permitia ter feito a actualização das pensões mínimas sociais e rurais e não ter sacrificado estas pessoas que em Portugal são as mais vulneráveis e as mais dependentes», afirmou.