Só se deve baixar a Taxa Social Única (TSU) quando a economia começar a recuperar, disse Basílio Horta, o que, segundo as previsões da "troika", só vai acontecer em 2013.
Convicto de que baixar a Taxa Social Única (TSU) não é a melhor maneira de aumentar a produtividade das empresas, Basílio Horta disse à TSF que só se deve mexer na TSU «quando houver uma certa animação da economia», o que «não será tão cedo».
O memorando da "troika" prevê que a economia só vai recuperar em 2013.
Basílio sugeriu que quando se mexer na TSU, se deve fazê-lo de forma muito gradual, como por exemplo «um ponto percentual por ano durante um período longo» e sem abranger «todas as empresas». «Tem de ser uma coisa bem pensada», advogou.
José Sócrates também tem dito que é preciso pensar bem no assunto, mas nunca pôs em cima da mesa nenhuma proposta, como fez agora Basílio Horta, o homem que ele escolheu para chefiar a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e que agora é o cabeça de lista do PS por Leiria.
«Se calhar as entidades patronais agradeciam mais que o dinheiro que poupam na TSU pudesse ser aplicado a incentivá-las a exportar mais e a ir mais longe em vários domínios», disse.
Baixar agora a TSU obrigaria a aumentar impostos, considerou Basílio Horta, ex-democrata-cristão, receando a subida do IVA que afectaria o já baixo consumo interno.