Os juros exigidos pelos investidores para deter títulos de dívida soberana portuguesa a dez anos negoceiam esta terça-feira em novos máximos históricos no mercado secundário.
Pelas 08:45, os juros médios exigidos pelos investidores para transaccionar títulos portugueses com maturidade a dez anos negociavam, em média, nos 9,716 por cento, um novo máximo histórico desde pelo menos a entrada de Portugal no euro, em 1999, de acordo com os dados da agência de informação financeira Bloomberg.
O "spread" face à dívida alemã (referencial para a Europa) nesta maturidade atingia os 667,89 pontos base, também neste caso um novo recorde.
Na maturidade a cinco anos, os títulos estão esta manhã a negociar, em média, nos 11,610 por cento, abaixo dos 11,630 do valor de fecho de segunda-feira, enquanto o "spread" face à dívida alemã situa-se nos 925,4 pontos base.
Estes máximos históricos da dívida portuguesa a dez anos estão a ser acompanhados na Europa pelos títulos dos restantes países que recorreram à ajuda externa, Grécia e Irlanda, que também batem máximos desde, pelo menos, a entrada na moeda única.
A crise da dívida soberana europeia parece ter vindo a intensificar-se nos últimos dias, sobretudo com os novos desenvolvimentos na Grécia.