Reagindo às alterações entre os textos sobre a ajuda externa a Portugal, Paulo Portas pediu explicações sobre as mudanças acerca de empresas de telemóveis.
O líder do CDS-PP ficou apreensivo com as mais de 20 diferenças entre o documento sobre a ajuda externa assinado em Lisboa e o que foi rubricado dias depois em Bruxelas, mas mostrou-se particularmente preocupado com uma delas.
Paulo Portas, que diz que esta «pode apontar para uma alteração de substância», assinalou que «na primeira versão estar previsto que possa aparecer uma nova ou novas empresas de telemóveis, o que beneficiaria a concorrência, e, na segunda versão, ter desaparecido a expressão 'novas empresas'».
«Como há uma diferença entre os dois textos, o líder parlamentar do CDS pediu uma explicação cabal sobre esta diferença», sublinhou Portas, que lembrou o «comportamento irrepreensível a nível institucional» do seu partido.
Portas recordou que o CDS sempre disse ao PSD e ao Governo quais as posições que ia defender, daí considerar «no mínimo surpreendente que este segundo texto não tenha chegado ao conhecimento de um partido da oposição como o CDS através do Governo».
«Aguardo uma explicação porque acho que é uma questão relevante ou então o Governo tem uma explicação. Quanto ao Governo, cada um avalie porque não entregou ou comunicou essas alterações do segundo texto ao CDS».