O líder do PSD insistiu, sexta-feira à noite em Vila Real, que quer explicações do Governo sobre o acordo com a "troika" e garantiu que qualquer que seja a última versão do acordo, irá cumpri-la.
«Nem quando chega ao fim, [o Governo] consegue dizer com segurança o que assina em nome de Portugal», criticou Passos Coelho, referindo-se ao facto de haver duas versões sobre o acordo para a ajuda externa a Portugal.
O Executivo «atrapalhado» veio dizer que «afinal havia um documento com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e havia outro com a União Europeia e que tiveram de juntar os dois», o que obrigou a «adaptações», acrescentou.
Para o líder do maior partido da oposição, «já não há paciência para as desculpas tão esfarrapadas que este Governo dá».
«Eu quero garantir-vos a todos: qualquer que seja a última versão, nós iremos cumpri-la, porque é Portugal que está em jogo, não é uma mera luta política. Nós cumpriremos, mas, caramba, já estamos fartos de um Governo que nunca sabe o que diz e nunca sabe o que assina em nome de Portugal», afirmou Passos Coelho.
«Vamos começar a arregaçar as mangas e a construir o que precisamos de oferecer a Portugal daqui para a frente», acrescentou.
Em Vila Real, terra que o viu crescer, Passos Coelho assumiu-se tranquilo e deixou ainda uma pergunta aos portugueses: «Conhecem alguma equipa que perca os jogos todos e que vá sempre buscar o mesmo treinador?».