Num pequeno-almoço com gente ligada às artes, Sócrates criticou a ideia do PSD de acabar com o Ministério da Cultura e citou Vinicius Moraes para dizer que luta «com alegria» pela vitória.
Numa campanha eleitoral feita de soundbytes, as frases que ficam no ouvido, esta manhã apareceu um soundbyte sobre soundbytes. Veio da Cultura. Pensar, votar, palavras-chave na tirada de Inês Pedrosa, escritora.
«Hoje em dia há muito soundbyte, há muita repetição do mesmo e às vezes há muito pouca informação e, sobretudo, muito pouco espaço de reflexão. Dizia Vergílio Ferreira que "pensar é o acto mais violento que há". E de facto é um acto violento essencial ao nascimento do mundo novo, cada vez que se pensa é um parto», afirmou.
«Por isso, muita gente desiste de pensar muito depressa e há muitos a colaborarem para ver se deixam de pensar. Pensemos maduramente e votemos PS no próximo domingo», declarou a escritora.
José Sócrates tomou o pequeno-almoço com gente da Cultura. Tito Paris, músico, Lenita Gentil, fadista, Michel, cozinheiro, estavam lá. O candidato falou para eles, os da Cultura, e sobre eles, os do PSD.
«Eles não tem consciência do papel do Estado na promoção cultural e quando dizem que querem acabar com a Cultura, o que eles estão a dizer é que querem menorizar a Cultura, querem andar para trás nas funções do Estado», criticou.
Sócrates, que não acabará com o Ministério da Cultura se continuar como primeiro-ministro, puxou os galões do que fez na Educação e Ciência, porque isso, disse, «também tem a ver com Cultura».
Vinicius de Moraes serviu para Sócrates explicar como se sente para a recta final da campanha: «A alegria é a melhor coisa que existe, é assim como a luz no coração».