Os investigadores não têm poupado esforços para descobrir a origem da estirpe, mas o presidente do instituto de saúde pública na Alemanha admite que a causa desta infecção pode nunca ser descoberta.
Travar o surto pode levar semanas, talvez meses, mas quanto à origem da infecção com a bactéria E.coli, o responsável máximo do instituto alemão de saúde pública, que tenta descobrir a fonte do surto, admite em entrevista à BBC que essa causa pode nunca ser descoberta.
«Penso que os números vão diminuir mas não tenho a certeza quando é que isso vai acontecer. Pode levar semanas ou meses e não tenho a certeza que alguma vez possamos descobrir a fonte», sublinhou Reinhart Burger.
Tudo depende se a comida infectada permanece nos armazéns e se a origem ainda está activa. Por isso, Reinhart Burger garante empenho máximo.
«É um grande desafio não só para as autoridades de saúde, mas também para as de segurança alimentar. Penso que a pressão é muito grande mas estão a fazer tudo o que podem», assegurou.
Cerca de 70 por cento dos casos infectados com a nova estirpe da E.coli são mulheres, em especial dentro da faixa etária entre os 20 e os 45 anos, contudo não há pistas seguras e cientificamente provadas quanto às razões que justificam este facto.
Ainda assim, o presidente do instituto de saúde pública aponta duas hipóteses. «Este é um grupo que manuseia vegetais na cozinha e também podemos dizer que esta faixa etária é a que consome mais vegetais crus», explicou Reinhart Burger frisando porém que «não há dados, é pura especulação».
Questionado pela BBC sobre as queixas dos agricultores espanhóis, sobre quem foi lançada a primeira suspeita, e que mensagem lhes transmitiria, Reinhart Burger lamentou e disse compreender «totalmente as suas queixas».
O presidente do Instituto Alemão de Saúde garante que as autoridades tinham de agir com rapidez apesar das análises revelarem agora que as suspeitas sobre os pepinos espanhóis estavam erradas.