O secretário-geral do PS insistiu que não há qualquer novidade nos documentos do acordo com a 'troika' sobre a Taxa Social Única (TSU) e acusou o PSD de estar a criar um caso.
José Sócrates falava no final de uma reunião com o reitor da Universidade do Porto, depois de confrontado pelos jornalistas com a exigência do PSD de que o Governo explique os compromissos internacionais que assumiu em matéria de redução da TSU.
Sobre o facto de todos os documentos preverem «uma grande redução» da TSU, Sócrates disse que «não há nenhuma novidade, apenas a vontade do PSD em criar um caso».
No entender do primeiro-ministro, o que não faz sentido é a proposta feita pelo PSD porque - considerou - vai tirar aos contribuintes para dar às empresas.
«O que me parece errado é uma solução de descer quatro pontos percentuais a TSU, porque isso significa ir tirar ao bolso dos contribuintes, dos consumidores para meter nas empresas», disse, deixando assim a entender que apenas aceita no limite uma descida pequena desta taxa para as entidades empregadoras.
«Quanto ao acordo [com a troika], não é novidade nenhuma estar escrito também no memorando com o Fundo Monetário Internacional (FMI), para além do que foi assinado com a Comissão Europeia, que haverá um estudo sobre a descida da TSU - medida que depois será calibrada. Desculpem, mas não há novidade nenhuma», prosseguiu Sócrates.
Na perspectiva do secretário-geral do PS, o memorando apenas prevê que se «estude e depois haverá uma descida» da TSU.