Economia

Ministros do Eurogrupo adiam resposta a crise grega

Os ministros das Finanças da Zona Euro adiaram para segunda-feira as negociações sobre uma solução para a crise grega e eventual compromisso sobre um novo pacote de ajuda.

A reunião «não foi conclusiva», disse um dos responsáveis europeus presentes no encontro, acrescentando que os responsáveis pelas Finanças da Zona Euro se limitaram a analisar «os vários cenários possíveis».

A Zona Euro está a debater a possibilidade de outorgar um segundo pacote de ajuda à Grécia, que poderá ascender a 90 mil milhões de euros, para cobrir as necessidades de financiamento do país até 2014.

Fontes citadas na imprensa asseguram que um terço desta segunda ajuda será facilitado pela UE e pelo fundo Monetário Internacional (FMI), um terço será originado pelo programa de privatizações grego e o restante será fornecido pelos credores privados da Grécia, ponto que constitui a maior dificuldade para se chegar a um acordo.

A Alemanha defende um adiamento de sete anos nos vencimentos dos títulos gregos, opção que é vista com reticências pelo Banco Central Europeu, um dos principais credores da Grécia e contrário a qualquer contribuição privada que possa ser interpretada como uma reestruturação da dívida «de facto» pelos intervenientes do mercado.

Segundo a fonte, «a preocupação central» dos ministros é «evitar iniciativas que possam levar a um risco de contágio» a outras economias, principalmente a Irlanda e Portugal, países que são alvos de um programa de resgate idêntico ao da Grécia."

O primeiro-ministro luxemburguês, Jean-Claude Juncker, que preside ao Eurogrupo, revelou antes do início da reunião que se pretende alcançar um princípio de acordo até à próxima reunião do Eurogrupo, dia 20 de Junho, no Luxemburgo, de forma a que o segundo pacote de resgate à Grécia seja finalizado.

Os ministros das Finanças da União Europeia estão agora reunidos num jantar informal para fazer o ponto de situação do reforço da disciplina orçamental dos 27.