O membro do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) Mario Draghi disse que o BCE não apoia qualquer tipo de reestruturação da dívida, numa alusão à situação da Grécia.
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«O BCE não é favorável à reestruturação» da dívida e «exclui todos os conceitos que não sejam puramente voluntários», afirmou o responsável italiano que poderá suceder a Jean-Claude Trichet na liderança da autoridade monetária europeia, acrescentando que «o custo de um 'default' [bancarrota] ultrapassa os benefícios" e "não resolve as raízes na origem da crise».
No seu entender, segundo cita a agência Bloomberg, «a iniciativa de Viena parece ser inteiramente voluntária», disse aos decisores políticos em Bruxelas na sua audiência para a presidência do BCE.
A chamada iniciativa de Viena, lançada em 2009, encorajou os bancos da Europa Ocidental a continuarem a financiar as suas unidades na Europa de Leste. Um modelo para a Grécia com base neste modelo poderá envolver os credores para a renegociação dos prazos de cumprimento da dívida helénica, dando tempo ao país para recuperar o acesso aos mercados ou a reestruturar a sua dívida no âmbito do mecanismo permanente criado pela União Europeia e que estará activo em 2013.