Os interessados na compra do Banco Português de Negócios (BPN) têm mais dois dias para apresentar propostas, cabendo depois ao vendedor, o Estado, decidir até dia 30 de Julho, confirmou esta segunda-feira o presidente do banco.
«As propostas são apresentadas até dia 13, esta quarta-feira», disse Francisco Bandeira à agência Lusa, reiterando a convicção de que «vai haver mais do que uma proposta», embora até hoje não tenham sido entregues.
A administração do banco terá depois alguns dias para olhar as propostas e «criar condições que permitam ao Estado identificar a melhor proposta», explicou o presidente da administração do BPN e também vice-presidente da Caixa geral de Depósitos (CGD).
A decisão final sobre o comprador do BPN cabe ao Estado, já que o banco foi nacionalizado no final de 2008, no auge da crise financeira internacional, estando desde então sob a gestão da CGD.
O presidente da Caixa Geral de Depósitos, Faria de Oliveira, também já disse, em entrevista recente à TVI, que a CGD espera receber «duas ou três» propostas para a compra do BPN.
O angolano Banco Internacional de Crédito (BIC) e o brasileiro Banco do Brasil têm surgido como interessados na compra.
O presidente executivo BIC Angola, Fernando Teles, confirmou há dias que a instituição está «a estudar a compra do Banco Português de Negócios (BPN)».
Embora sem confirmação oficial, diversos órgãos de comunicação social noticiaram recentemente o possível interesse de instituições brasileiras, nomeadamente o Banco do Brasil.
O ainda Governo de José Sócrates acordou com a "troika" a venda do BPN, sem um preço mínimo, até final de Julho.