Segundo o DN, que cita o líder da UGT, João Proença, dividendos, juros de aplicações financeiras e até as mais-valias vão ficar de fora do imposto extraordinário.
Os juros das aplicações financeiras e as mais-valias bolsistas deverão ficar de fora dos rendimentos sujeitos ao imposto extraordinário, adianta a imprensa.
Citado pelo Diário de Notícias, o líder da UGT, que se reuniu na quarta-feira com o primeiro-ministro, indicou que, na prática, apenas os salários e as pensões devem ser abrangidas pelo novo imposto.
Ainda segundo João Proença, os dividendos, juros de aplicações financeiras e até as mais-valias, que o ministro das Finanças chegou a admitir que poderiam ser incluídas neste imposto, vão ficar de fora.
De acordo com o DN, a justificação apresentada a João Proença para esta decisão tem a ver com o facto de sector financeiro ser colocado em risco e de poder haver problemas com a cedência de crédito caso os rendimentos de capital pagassem uma taxa.
Este jornal adianta que Pedro Passos Coelho tentou que todos os rendimentos fossem incluídos neste imposto, contudo a ideia foi travada pelo ministério liderado por Vítor Gaspar, que receia que a ideia possa ser inconstitucional.
Por seu lado, os jornais Público e Jornal de Negócios dizem que a soluções para este tipo de rendimentos ainda não é clara, tendo o Negócios avançado que a cobrança pode ser adiada para o próximo ano.
Ainda de acordo com o Público, o valor do imposto extraordinário deverá ser de 3,5 por cento sobre os rendimentos brutos anuais deduzíveis apenas de um salário mínimo, ao passo que o Jornal de Negócios fala numa taxa entre os 2,5 e os 3,5 por cento.
Caso isto venha a ser aplicado, acrescenta o Público, a receita estimada será acima dos 1600 milhões de euros, o dobro do anunciado pelo primeiro-ministro no Parlamento.