Economia

Portugueses são os mais pessimistas da UE quanto às perspectivas económicas

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Os portugueses são os mais pessimistas da União Europeia em relação às perspectivas económicas, ao contrário da maior parte dos países que consideram que o pior da crise já passou.

«Os europeus começam a mostrar-se mais optimistas em relação às perspectivas económicas, declarando muitos deles que o pior da crise já passou», revela o Eurobarómetro da Primavera de 2011, segundo o qual 43 dos europeus consideram que o pior da crise já passou, o que representa um ponto percentual suplementar relativamente ao anterior inquérito do Outono de 2010.

Entre os países mais optimistas estão a Dinamarca, a Estónia e a Áustria, que entendem que o impacto da crise económica no mercado de trabalho atingiu já o ponto culminante. Com uma opinião inversa, aparecem os países que pediram ajuda financeira: Portugal e a Grécia.

De acordo com o inquérito de opinião bianual organizado pela União Europeia, oito em cada dez portugueses estão pessimistas em relação ao futuro, ainda mais que os gregos em que o número baixa para 7,8 em cada dez inquiridos. Na lista dos mais pessimistas, seguem-se os cipriotas e os irlandeses, com uma percentagem de 63 e de 60 por cento respectivamente.

«O último inquérito Eurobarómetro confirma que a União Europeia está gradualmente a sair da crise. As pessoas acreditam que a UE adoptará medidas eficazes contra a crise e que a nossa economia se encontra em vias de recuperação», declarou a vice-presidente da Comissão Europeia Viviane Reding.

Ainda de acordo com o estudo, cada vez mais europeus reclamam a adopção de medidas por parte da UE e uma cooperação europeia mais forte para lutar contra a crise e antecipar as dificuldades futuras.

«Quase oito em cada dez europeus estão convencidos de que uma melhor coordenação da política económica entre os países membros da UE seria eficaz para tentar resolver a situação económica e são a favor de uma supervisão mais rigorosa por parte da UE quando são desbloqueados fundos públicos para salvar os bancos e as instituições financeiras», revelou.