O Ministério da Saúde confirmou, esta segunda-feira, que a dívida aos fornecedores hospitalares ronda os 3000 milhões de euros e reconheceu que há falhas nas transferências.
Entre os vários motivos para o descontrolo das contas, o gabinete de Paulo Macedo sublinhou que os hospitais têm gastos bastante acima dos orçamentos previstos nos contratos programa.
No futuro, defendeu a tutela, os hospitais têm de começar a pensar em novas formas de poupança para evitar este tipo de derrapagens.
Ouvido pela TSF, o presidente da Associação dos Administradores Hospitalares desdramatizou as situações de carência de material de primeira necessidade nos hospitais, afirmando que são «situações pontuais».
«Há hospitais que estão em situação extremamente difícil e se não tiverem o financiamento que lhes é devido para fazerem face a esses dívidas e a esses compromissos financeiros» a situação agravar-se-á, alertou.
Pedro Lopes avisou que o problema não tem assumido proporções de outro nível porque «as administrações são muito responsáveis». Aliás, era isso que «gostaria de ouvir do Ministério» da Saúde.
Os hospitais têm dado aos doentes aquilo que necessitam «mas com dificuldades», criando dívida aos fornecedores, acrescentou, frisando que essa dívida não é dos hospitais, mas sim do Ministério tutelado por Paulo Macedo.