Pedro Ferraz da Costa entende que este estudo «saiu para ganhar tempo», «agitar várias hipóteses e adiar mais algum tempo». A CCP diz que a subida do IVA que decorreria da redução da TSU pode afectar o turismo e a restauração.
O presidente do Fórum para a Competitividade considera que o estudo que prevê o cenário de reescalonamento do IVA para compensar a redução da Taxa Social Única é uma perda de tempo e um mau sinal.
Ouvido pela TSF, Pedro Ferraz da Costa entende que este estudo uma espécie de «versão português suave para várias medidinhas ou fazer só sobre algumas empresas ou sobre as criem emprego no futuro quando o problema é que as que estão a perder no presente e nos últimos meses».
«A minha interpretação é que o estudo saiu para ganhar tempo, porque deve haver com certeza qualquer discussão dentro do Governo entre tomar ou não tomar a medida. Portanto, o estudo visa agitar várias hipóteses e adiar mais algum tempo a conclusão. Acho que é um mau sinal», frisou.
Por seu lado, o presidente da Confederação do Comércio Português aplaude a redução da Taxa Social Única, mas reconhece que esta medida poderá ter reflexos negativos na restauração e turismo, sectores que serão afectados com a subida do IVA.
João Vieira Lopes, também em declarações à TSF, recordou que a CCP sempre defendeu a baixa da TSU «não por questões de competitividade, mas por uma questão de sobrevivência das empresas e para criar um ambiente favorável à criação de emprego».
A CCP defende, contudo, que a «descida deve ser geral para ter impacto em toda a economia» e defende «muito cuidado em relação ao IVA na medida em que há sectores extremamente importantes em termos de competitividade externa», como o turismo e a restauração, aceitando uma «discriminação positiva para as empresas que criem emprego».