Economia

ARESP alerta para promoção da fraude com aumento do IVA

Restauração dr

A Associação de Restauração e Similares de Portugal (ARESP) considera que a possibilidade de mexer na taxa intermédia do IVA, para compensar a redução da TSU, vai promover a fraude.

A ARESP previne que qualquer subida na taxa intermédia do IVA, actualmente de 13 por cento, provoque o aumento da evasão fiscal no sector.

«Só a situação actual, com o IVA na taxa intermédia já não nos permite sobreviver. Só esta quebra de receitas à taxa actual, já vai custar ao Governo cerca de 400 milhões de taxa de IVA», referiu o secretário-geral da ARESP, acrescentando que «qualquer aumento iria promover a evasão e fraude fiscal, a economia pararela, o fecho de mais de metade dos estabelecimentos, iriamos mandar para o desemprego 120 mil trabalhadores, e quebras de receita de quase dois mil milhões de euros».

Ainda não há certezas, mas perante a possibilidade de mexidas neste imposto para compensar uma redução na Taxa Social Única (TSU), mas José Manuel Esteves considera que essa hipótese «é absolutamente impensável».

«Não acreditamos sequer que a hipótese tenha fundamento. A situação é muito simples: a TSU é uma coisa, os impostos são outra. A economia portuguesa não tem espaço de manobra para qualquer aumento de impostos», afirmou.

«A Irlanda acabou de baixar o IVA da restauração, que estava na taxa intermédia, para a taxa reduzida. A Irlanda é uma país que está sob a intervenção da 'troika' como nós [Portugal]. Até é uma questão de moral, para nós é impensável que uma sopa tenha um IVA igual a um carro de alta cilindrada ou a uma jóia», acrescentou José Manuel Esteves.