Saúde

Farmacêuticos Hospitalares dizem que despesa é difícil de reduzir

Farmácias dr

Os hospitais não conseguem baixar a despesa com os medicamentos. A presidente da Associação de Farmacêuticos Hospitalares explicou à TSF que essa redução é difícil.

Nos primeiros seis meses do ano, o Estado gastou menos 6,3 por cento com os medicamentos. Uma redução explicada pela menor despesa com a comparticipação dos medicamentos vendidos pelas farmácias.

Os números revelados pelo Infarmed mostram também que nos hospitais a despesa com medicamentos continua a aumentar. Só no primeiro semestre, os hospitais gastaram mais 83 milhões de euros.

Em declarações à TSF, a presidente da Associação de Farmacêuticos Hospitalares explicou que é difícil baixar as despesas com medicamentos.

«Os medicamentos que mais crescem são os que estão relacionados oncologia e infecciologia, ou seja, com áreas onde os novos medicamentos e os medicamentos mais caros são utilizados», revelou Aida Batista, explicando que «é impossível baixar esta despesa [ainda para mais] se contarmos com os doentes da privada, porque aí não conseguimos controlar os stocks».

Aida Batista entende, por isso, que o Ministério da Saúde tem um de dois caminhos.

«O Ministério da Saúde devia olhar bem para isto e não ter uma visão tão economicista porque não é fácil dizer 'vocês têm que diminuir dez por cento nos vossos consumos', quando temos os doentes a tratar, e para aquele doente se considera que o melhor tratamento é o A, que é, imaginemos, dez por cento mais caro que o B», sublinhou.

Também ouvida, esta manhã, pela TSF, a ex-ministra da Saúde Ana Jorge diz que a discrepância entre os valores relativos às farmácias e aos hospitais tem a ver com a utilização dos medicamentos genéricos.