A primeira manhã dos portugueses nos Mundiais de Atletismo fica marcada por um incidente com Sara Moreira, qualificada nos 3.000 metros obstáculos, pelo nono lugar de Marisa Barros na maratona e pelo afastamento de Edi Maia, no salto com vara.
A falta de identificação da atleta na câmara de chamada manteve a sua participação em dúvida até minutos antes da partida, gerando uma situação de grande tensão.
Não obstante, Sara Moreira garantiu o apuramento directo para a final dos 3.000 metros obstáculos, ao qualificar-se em terceiro lugar na eliminatória, com a marca de 09.36,97.
Pela positiva, fica o registo da maratonista Marisa Barros, que recuperada de uma lesão no joelho, garantiu o nono lugar na prova, com 2:30:52.
A atleta do Benfica, que nos Mundiais de Berlim alcançou o sexto lugar na prova, teria sido a primeira europeia a cortar a meta, não fosse a queniana naturalizada sueca Isabellah Andersson ter terminado na sétima posição, com o tempo de 2:30:13.
De referir que a maratona, vencida por Edna Ngeringwony Kiplagat, com a marca de 2:28:43, juntou três quenianas no pódio, com as segundas e terceiras posições ganhas pelas atletas Priscah Jeptoo (2:29:00) e Sharon Jemutai Cherop.
A vitória de Kiplagat terá sido facilitada pelas ausências das duas melhores maratonistas da atualidade, a queniana Mary Keitany e a russa Liliya Shobukhova.
A primeira manhã dos Mundiais de Atletismo, em Daegu, ficou ainda marcada pelo afastamento do português Edi Maia, no salto com vara, após três saltos nulos de 5,20 metros.
O atleta do Sporting participava pela primeira vez na prova, com a marca pessoal de 5,60 metros.
O primeiro dia dos Mundiais de Atletismo em Daegu será ainda decisivo para as portuguesas Jessica Augusto e Dulce Félix, que aguardam pela final dos 10.000 metros, agendada para as 21:00 (13:00 em Lisboa) e para Naide Gomes, que disputa a qualificação no salto em comprimento às 21:15 (13:15).