Economia

PM: Portugueses sabem que sacrifícios são bilhete de saída da crise

Pedro Passos Coelho dr

Ao El País, Passos Coelho diz acreditar que os portugueses entendem a importância dos sacrifícios que estão a ser pedidos e revela-se contra um imposto especial sobre as grandes fortunas.

«Seria dar um sinal errado», diz Passos Coelho que o país precisa de atrair investimento e capital externo por isso aumentar a pressão fiscal sobre as grandes fortunas só ia servir para agravar o problema de financiamento da economia.

O chefe do Governo sintetiza a ideia argumentando que não faz sentido, penalizar aqueles que têm mais capacidade de criar riqueza.

Na entrevista ao El País, Passos Coelho reconhece que Portugal tem um dos índices mais elevados de desigualdade fiscal, com os rendimentos do trabalho a serem tributados duas vezes mais do que os rendimentos de capital.

Mas o chefe do Governo fala num equilíbrio difícil, avisando que adoptar medidas fiscais muito duras pode levar à fuga de capitais.

Com a austeridade a apertar o cinto dos portugueses, Passos Coelho está convencido de que Portugal não vai ser palco de uma «onda de manifestações» à semelhança do que aconteceu na Grécia.

O chefe do Executivo acredita que vive num país onde reina o consenso em torno da necessidade de aplicar com sucesso o programa estabelecido com a "troika".

Passos Coelho afirma que «os portugueses sabem que os sacrifícios são o bilhete de saída da crise».

Questionado sobre o TGV, se a suspensão do projecto é definitiva, Passos Coelho responde que a única coisa definitiva é a «morte», garantindo que Portugal não está em condições de manter o calendário do projecto mas está disponível para estudar com a Espanha e com a Comissão Europeia uma forma de não desperdiçar os fundos comunitários que estavam destinados ao projecto.

Redação