Política

Marques Mendes propõe extinção de 60 empresas do Estado

Marques Mendes Direitos Reservados

Entre as empresas que Marques Mendes entende que devem acabar estão a Parque Escolar e 13 serviços integrados no Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território.

O social-democrata Marques Mendes propôs a extinção de 60 empresas do Estado, incluindo a Parque Escolar, medida que disse poder ajudar no cortes da despesa.

No seu habitual comentário semanal na TVI24, o ex-presidente do PSD disse esperar que o ministro da Educação «tenha a coragem de acabar» com a Parque Escolar, isto após Nuno Crato ter ordenado uma «auditoria técnica e financeira» a esta empresa.

«O Ministério pode decidir construir uma escola em função do dinheiro que tem, mas a execução devia ser dos municípios. Os municípios também constroem escolas. Porque andamos aqui a duplicar?», perguntou.

Apesar de ter admitido que a Parque Escolar construiu muitos estabelecimentos de ensino, Marques Mendes lembrou que em muitos casos estas construções custaram o «dobro dos preços pagos pelos municípios e por isso não admira que esteja endividada até às pontas dos cabelos».

Entre as empresas do Estado que entende que devem acabar, estão 13 integradas no Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, liderado por Assunção Cristas.

Marques Mendes defendeu, por exemplo, a «extinção da GestAlqueva, empresa que alguém se lembrou de criar para tratar do turismo na zona do Alqueva», uma vez que o «turismo deve ser tratado pela iniciativa privada».

Para este ex-presidente do PSD, a «Agência Portuguesa do Ambiente, o ICN, o Instituto Nacional da Água e o Conselho Nacional da Água podem perfeitamente fundir-se e juntar-se num único, numa Agência Nacional do Ambiente».

Marques Mendes lembrou ainda que este «é o modelo adoptado em vários países da Europa e poupam-se aqui muitos milhões, muitos cargos e muitas clientelas».