Em declarações à TSF, Pedro Lopes admitiu que Portugal pode vir a ter um cenário semelhante ao da Grécia neste aspecto, mas sublinha que ainda não há casos registados.
O presidente da Associação dos Administradores Hospitalares admite que os hospitais públicos portugueses possam ver alguns laboratórios a suspenderem o fornecimento de medicamentos a estes estabelecimentos hospitalares.
Perante a decisão da Roche, que anunciou este sábado a suspensão de alguns medicamentos aos hospitais públicos gregos por falta de pagamento, Pedro Lopes reconheceu que tal cenário se possa repetir em Portugal, mas sublinhou que, por enquanto, não há casos registados.
«Tem havido uma pressão muito forte no sentido da regularização e indicações de algumas empresas no sentido da dificuldade de fornecimento. Se a indústria não recebe os pagamentos que lhe são devidos, algumas empresas que não são multinacionais, mas são nacionais e que adquirem produtos no estrangeiro, não têm capacidade financeira para manter esta situação», explicou.
Pedro Lopes reconheceu que a «indústria teve sempre um papel muito positivo,mas como imaginamos tudo tem um limiar a partir do qual as empresas não têm capacidade financeira para continuar a sustentar esta situação».
«Estamos numa situação muito difícil para algumas empresas e para as multinacionais, que têm outra capacidade financeira, começa a ser bastante difícil», concluiu Paulo Lopes.
Contactado pela TSF, o Ministério da Saúde remete esclarecimentos para segunda-feira.