A chanceler alemã voltou, este domingo, em entrevista à televisão pública alemã ARD, a defender sanções duras contra países endividados.
Angela Merkel manifestou-se a favor de duras sanções contra países excessivamente endividados na Zona Euro. Caso esses países não respeitem os compromissos de estabilidade, tem de haver no futuro uma lei para os obrigar e, eventualmente, terão de prescindir de uma parte da sua soberania, defendeu.
A responsável máxima do executivo alemão mostrou-se a favor de uma alteração dos acordos da União Europeia por forma a permitir recorrer ao tribunal de justiça europeu contra esses países.
Merkel voltou a referir-se ao chamado travão da dívida como instrumento para evitar que a dívida soberana de um país ultrapasse um determinado limite e referiu-se a Portugal e à Grécia que, disse, aproveitam o apoio dos parceiros europeus para fazerem reformas. Caso contrário, frisou, seria errado ajudá-los.
Na entrevista, sublinhou ainda que é preciso criar instrumentos para evitar o perigo de um país contagiar o outro. Depois desses instrumentos terem sido instalados, deve ser possível que um país vá à falência, considerou.
«Precisamos desses instrumentos no novo mecanismo permanente de estabilidade europeia», opinou, mostrando-se ainda contra uma redução da dívida grega, porque isso poderia levar os investidores a recear também uma redução da dívida de outros países, deixando assim de investir na Europa.
Merkel é a favor do apoio da Alemanha aos países endividados para estabilizar a moeda única.