O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, diz que a Madeira «está sufocada pelo peso da dívida», obrigando a um esforço de todos, madeirenses e Governo regional.
Pedro Passos Coelho lembrou hoje que foi Alberto João Jardim quem pediu ajuda. O primeiro-ministro foi questionado sobre os avisos de Jardim lançados no domingo no discurso de vitória que alertou que não vai aceitar aquilo que classifica de «medidas discricionárias» para a região. O reeleito presidente do Governo Regional disse que quer negociar o plano de austeridade para a Madeira.
O primeiro-ministro realçou que o desiquilíbrio nas contas do arquipélago é muito grande, vai durar longo tempo a corrigir e vai obrigar a um esforço de todos, incluindo do Governo regional.
Passos Coelho considerou que «a região está sufocada pelo peso da dívida, o que exigirá a execução de um programa de ajustamento rigoroso, que reflectirá a situação de grande peso da divida que foi criada ao longo destes anos».
Instado a comentar as eleições de domingo na Madeira, Pedro Passos Coelho escusou-se a falar sobre os resultados eleitorais, sustentando não estar «na qualidade de líder do PSD».
«Como líder do Governo, como primeiro-ministro, quero apenas cumprimentar o povo da Madeira, atendendo às circunstâncias difíceis que rodearam a eleição, dizendo a todos que o grande esforço de ajustamento terá que ser assegurado pelos próprios madeirenses», declarou.
Aos jornalistas, o primeiro-ministro afirmou que «a situação que se vive no arquipélago obrigará seguramente a um grande empenhamento não só dos madeirenses, mas do futuro governo para resolver uma situação de desequilíbrio muito forte que aconteceu».
«Creio que vai demorar muito tempo a ser corrigida», acrescentou.
O PSD conquistou no domingo a 10.ª maioria absoluta em legislativas regionais da Madeira, mas com o pior resultado de sempre, cabendo ao outro partido de centro-direita, o CDS, fazer a festa, com a passagem a maior partido da oposição.