Como via alternativa ao corte nos subsídios e pensões da Função Pública, Ferreira Leite sugere a suspensão temporária da gratuitidade na saúde e na educação.
Primeiro o diagnóstico, depois a solução. Manuela Ferreira Leite reclamou, esta quinta-feira, equilíbrio nos sacrifícios que são pedidos aos portugueses e sublinhou a ideia do papel estruturante que os funcionários públicos têm na sociedade.
«Estou a pensar nos médicos, nos enfermeiros, professores, juízes, polícia, segurança, administração fiscal, em serviços que não são substituíveis e que o seu bom funcionamento contribui decisivamente para o crescimento económico», afirmou, sublinhando que não pode olhar da mesma forma sobre aquilo que é «um mal-estar de parte de funcionários que têm estas características e que não são comparáveis ao sector privado».
A ex-ministra das Finanças propôs vias alternativas para a consolidação orçamental. Em vez de se cortar nos vencimentos e subsídios da Função Pública, sugeriu a suspensão temporária da gratuitidade na saúde e na educação.
Sobre o OE2012, Ferreira Leite disse que comporta um «risco de recessão extremamente grave», mas considerou que isso é «inevitável» desde o momento em que se assinou um acordo de correcção orçamental para um prazo extremamente curto, o que, no seu entender, não permite ter perspectivas de crescimento económico.