Campos e Cunha reconheceu, esta quinta-feira, a preocupação do Presidente da República com os funcionários públicos, mas não concordou com as criticas.
Cavaco Silva disse, na quarta-feira, que os cortes nos subsídios de Natal e de férias dos funcionários públicos violam o princípio da equidade fiscal, palavras que Campos e Cunha não subscreve, mas compreende.
O primeiro-ministro das Finanças dos governos de José Sócrates entende que, na situação em que o país se encontra, esta medida, ou outra ainda mais dura, é necessária.
«Tenho alguma simpatia pelas observações do Presidente da República no sentido em que são particularmente concentradas nos funcionários públicos», mas «qualquer outra alternativa que tivéssemos seria sempre muito dura para os portugueses», considerou.
O antigo governante acrescentou que Portugal esteve a «dias da bancarrota», devido a uma política orçamental, de 2008 a 2010, «suicidária e anti-nacional».