O secretário de Estado dos Transportes avisou que o Governo não está disposto a manter empregos no sector dos transportes que não se justificam e admitiu como hipótese denunciar acordos de empresa.
No Fórum TSF desta segunda-feira, Sérgio Monteiro sublinhou que caso o Governo não avançasse com o Plano Estratégico de Transportes que prevê fusões de empresas e despedimentos estaria em causa o próprio serviço público.
«Procuraremos que o impacto seja mínimo nos postos de trabalho das empresas do sector público e empresarial na área dos transportes», começou por dizer o governante.
O Executivo procurará, «obviamente, que não haja subsidiação de todos os cidadãos por conta da manutenção de privilégios ou de postos de trabalho de alguns que não acrescentam valor para o serviço público de transportes», um serviço que se quer «eficiente do ponto de vista de custos e também do ponto de vista de qualidade nos serviços às populações», acrescentou.
«Quando tivermos dados mais objectivos em cima da mesa as primeiras pessoas com quem falaremos são os trabalhadores e as organizações que os representam e procuraremos através desse diálogo encontrar formas de mitigar o impacto que eventuais despedimentos possam ter», assegurou.
Em resposta à TSF, o governante admitiu como hipótese denunciar acordos de empresa.
Sérgio Monteiro reforçou que «não podemos continuar com regalias absolutamente desajustadas daquilo que são as práticas de mercado».
Deu o exemplo de algumas empresas em que «o custo com pessoal é superior à receita gerada», o que representa um «desequilíbrio colossal».