O ministro Álvaro Santos Pereira disse, esta tarde, no Parlamento, que só haverá um aumento do salário mínimo nacional quando existir também produtividade.
No Parlamento, o ministro da Economia e Emprego, Àlvaro Santos Pereira, disse esta tarde que o salário mínimo não será actualizado para os 600 euros em 2013, como pedia a oposição mais à Esquerda.
Durante a interpelação do Bloco de Esquerda sobre a precariedade no emprego, o ministro considerou a proposta «demagógica», explicando que só quando se registar um aumento da produtividade será possível fazer crescer o salário mínimo nacional.
«Se fosse possível seria interessante, e demagogicamente ainda mais interessante, mas iriamos condenar a economia portuguesa ao que aconteceu após o 25 de Abril que foi um aumento de salários nominais de tal modo grande que fez com que a exportações nacionais tivessem o maior recuo dos últimos 150 anos», justificou.
«Portanto, se houvesse um aumento substancial dos salários nesta altura, em que nos defrontamos com problemas de competitividade muito graves, seria meio caminho andado para declararmos o falhanço de Portugal», acrescentou o ministro Àlvaro Santos Pereira.
Indignada, a deputada do PCP, Rita Rato questionou o ministro sobre «se vivia com 485 euros» justificando que «no nosso país existem mais de 246 mil trabalhadores que sobrevivem» com esse valor.