O ministro dos Assuntos Parlamentares confirmou a intenção de extinguir a Metro do Mondego. Já o autarca de Coimbra admite erros na gestão da empresa e espera que estes não se repitam.
O ministro dos Assuntos Parlamentares confirmou a intenção de extinguir a empresa Metro do Mondego, criada há quase 15 anos, numa altura em que o metro ainda não está em funcionamento.
«Há empresas que têm de ser extintas. Há empresas que têm de ser reformuladas. Foi por muitos outros metros do Mondego que, nos últimos anos, aconteceram em Portugal que estamos na situação em que estamos», adiantou Miguel Relvas.
Para o titular da pasta dos Assuntos Parlamentares, «houve má gestão no sector público empresarial e agora estamos a pagar por isso».
O presidente da câmara de Coimbra reconheceu que houve erros na gestão desta empresa, contudo, entende que o mais importante é que esse erros não se voltem a repetir no futuro até por respeito pelos contribuintes.
«Temos de ter muito respeito pelos 140 milhões de euros que os contribuintes já gastaram neste projecto e temos de ter muito respeito pela indignação de muitas pessoas da Lousã, Miranda e Coimbra que, com a promessa do metro, deixaram destruir a linha que existia», lembrou Barbosa de Melo.
Para o autarca, a «única forma de o Estado manifestar esse respeito tanto pelos contribuintes portugueses como pelas pessoas da região de Coimbra é ser muito rigoroso no futuro do que se foi no passado».
Em declarações à TSF, o autarca pediu ainda uma «solução de mobilidade ferroviária que tenha uma exploração equilibrada, porque este é o busílis da questão para o qual o relatório [do Tribunal de Contas] também chama à atenção».
«Ou construímos um sistema que depois temos dinheiro para manter ou então de facto não é um bom negócio fazer o Metro do Mondego. Estou convencido de que é possível construir um sistema equilibrado», sublinhou.