A Associação de Oficiais das Forças Armadas diz que a marcha lenta deste sábado, entre o Rossio e o Ministério das Finanças, superou as expectativas.
O presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), o coronel Pereira Cracel, estimou em mais de 10 mil os manifestantes que enchem a Rua do Ouro, em Lisboa.
Os militares percorreram o caminho de forma ordeira e organizada e receberam aplaudidos à saída do Rossio.
Alguns apresentaram-se com boina, uma parte do vestuário da profissão, mas na sua maioria recusaram-se a dar voz ao protesto.
Um deles, que segurava um cartaz com um cravo vermelho, disse à TSF, sem querer identificar-se, que participou no protesto pelo futuro de uma geração sem perspectivas, frisando que «estão a brincar» com algumas carreiras militares.
Outro militar, já reformado, que também não se identificou, repudiou aquilo que considerou serem os erros do Governo, frisando que o Executivo «continua a roubar os portugueses».
O capitão de Abril Vasco Lourenço disse que não havia forma de ficar em casa neste sábado e frisou que «o poder continua a servir-se das Forças Armadas como praticamente o único instrumento que tem para intervir na política externa», mas «não dá atenção às forças armadas, à natureza especifica» da classe.
Esta situação «vem de há muito», mas «está a agravar-se», comentou.