Justiça

Duarte Lima só iria para o Brasil «se fosse parvo», diz advogado

Duarte Lima Global Imagens

Germano Marques da Silva disse que Duarte Lima pode ser ouvido em Portugal por causa do processo que enfrenta no Brasil, o que não aconteceu porque os «brasileiros não mandaram nada».

O advogado que defende Duarte Lima no processo relativo à morte de Rosalina Ribeiro considerou que o ex-deputado «só se fosse parvo» é que se deslocaria ao Brasil.

«Vai ao Brasil para quê? Com estas condições no Brasil para ser preso lá nas prisões brasileiras e estar lá não sei quantos meses à espera e matam-no lá dentro?», perguntou Germano Marques Silva.

No dia em que Duarte Lima foi ouvido após ter sido detido por num processo relacionado com o BPN, Marques da Silva explicou que Duarte Lima pode ser ouvido em Portugal em relação às acusações que lhe foram lançadas pela justiça do Brasil.

«Não lhe perguntaram. Evidente que responde quando os brasileiros mandarem alguma coisa. Não mandaram nada, absolutamente nada», acrescentou.

Germano Marques da Silva sublinhou ainda que a «polícia brasileira andou a brincar com este processo que foi mal conduzido, através da comunicação social e aproveitando elementos de prova que são proibidos».

O advogado entende ainda que foi feita «valoração de coisas que não tem ponta por onde se lhe pegue» e que houve inclusivamente «falsificação de provas».

«É uma acusação muito grave. Já a fiz publicamente várias vezes. Continuo a afirmá-lo, mas não quero pronunciar-me mais sobre o processo porque isso pode prejudicar o decurso do processo no Brasil», adiantou.

Sobre o facto de jornalistas terem acompanhado as buscas feitas a Duarte Lima no âmbito do processo BPN, Germano Marques disse que «só quem sabia» é que podia ter avisado a comunicação social sobre esta questão.