Portugal tem apresentado «bons progressos» na adoção das políticas acordadas com a 'troika' mas é necessário «perseverança e determinação» para ser bem sucedido.
David Lipton, vice-diretor geral da instituição, disse hoje, em comunicado divulgado pelo FMI, que «até agora, foram alcançados bons progressos na adoção de políticas mas, dados os ventos fortes de deterioração do ambiente externo, [é necessária] perseverança e determinação para adotar o programa orçamental ambicioso» e que, «essenciais, as reformas estruturais vão ser críticas, juntamente com o apoio europeu continuado».
O responsável considera ainda que «o forte orçamento de 2012 e o seu enfoque no corte da despesa são bem-vindos», acrescentando que «enquanto as derrapagens orçamentais de 2011 levaram à utilização dos fundos de pensões da banca para cobrir a diferença, as medidas ousadas e concretas incluídas no orçamento devem ajudar a alcançar os ambiciosos objetivos de 2012».
Sublinhando que «o controlo da despesa, que está a ser reforçado no contexto das reformas estruturais orçamentais em curso, vai ser importante para atingir os objetivos», David Lipton reconhece que os bancos estão perante um «desafio», tendo em conta «a necessidade de aumentar o capital para cumprir os novos requisitos da EBA» [Autoridade Bancária Europeia].
«Apesar do forte esforço da banca para aumentar o capital através de fontes privadas, o apoio do Estado para a recapitalização bancária pode ser preciso. Vai ser importante garantir que as regras futuras de tais apoios permitam que os bancos continuem a ser geridos com uma base comercial», afirmou Lipton, alertando que «é ainda mais importante assegurar que a desalavancagem bancária não ocorra ao preço de uma contração excessiva do crédito a empresas dinâmicas».
[Texto escrito conforme o novo acordo ortográfico]