O coletivo de juízes do Tribunal das Caldas da Rainha decidiu condenar Andoni Zengotitabengoa a 12 anos de prisão em cúmulo jurídico.
O alegado etarra foi condenado pelos crimes de adesão a associação terrorista (nove anos), detenção de arma proibida (explosivos) com vista à prática de terrorismo (cinco anos), três crimes de falsifcação de documentos, um crime de furto de veículo (oito meses) e outro de coação e resistência (oito meses), este último relativo à fuga e tentativa de atropelamento de um elemento da GNR durante uma a uma operação 'STOP'.
O juiz presidente, Paulo Coelho, considerou que a detenção de explosivos era o crime mais grave «pela perigosidade inerente e pelo local escolhido pelo arguido para ter esses explosivos», uma vez que - acrescentou -, «se tivesse havido uma explosão as consequências podiam ter sido catastróficas».
Andoni Zengotitabengoa Fernandez, que habitou uma casa em Óbidos onde foram descobertos 1.500 quilos de explosivos, começou a ser julgado no Tribunal de Caldas da Rainha a 13 de setembro e estava acusado de dois crimes de furto qualificado, nove crimes de falsificação e um crime de detenção de arma proibida, todos com vista à prática de terrorismo e ainda um crime de resistência e coação sobre funcionário.
Durante as alegações finais, o ministério Público pediu o agravamento da acusação para o crime de apoio e adesão a organização terrorista (punido com uma pena até 15 anos de prisão) e a condenação do arguido, em cúmulo jurídico, «a uma pena elevada».
Entretanto, o advogado de defesa de Andoni Zengotitabengoa já disse que vai recorrer do acórdão.
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]