Justiça

Advogado de Sócrates não percebe declarações de juíza do caso Independente

Proença de Carvalho recordou que o antigo reitor da Universidade Independente lembrou que este primeiro-ministro vive no estrangeiro e não é obrigado a prestar depoimento pessoal.

O advogado de José Sócrates no processo da Universidade Independente não percebe porque a juíza falou na apresentação de uma justificação genérica por parte do antigo primeiro-ministro para esta faltar a sessão desta segunda-feira do julgamento.

Ouvido pela TSF, Daniel Proença de Carvalho frisou que nem ele nem José Sócrates foram convocados para se deslocar esta segunda-feira ao Tribunal de Monsanto, depois do ex-reitor Luiz Arouca ter prescindido de Sócrates como testemunha.

«O simples facto de o eng. José Sócrates residir actualmente no estrangeiro faria com que ele não fosse obrigado a prestar depoimento pessoal», recordou o advogado.

Apesar disso, segundo este advogado, Sócrates «disponibilizou-se inteiramente», com a atitude do ex-reitor, Daniel Proença de Carvalho indicou ao seu cliente que considerava a notificação enviada pela tribunal como «sem efeito».

O advogado considerou ainda que seria bom que o tribunal entrasse em contacto com José Sócrates «no sentido de agendar uma sessão para ele poder vir cá pessoalmente se for esse o caso ou então requerer um depoimento por videoconferência, forma normal de inquirir pessoas que não estão no país».

«A lei prevê esta situação e considera justificado que não haja um depoimento pessoal. Não compreendo este comportamento», concluiu o advogado, numa reacção às palavras da juíza Ana Peres.