O ministro das Finanças diz que seria «paradoxal» interceder nesse processo, no preciso momento em que privatizou a empresa.
«A escolha dos membros dos órgãos sociais da EDP cabe aos seus acionistas. Seria paradoxal que o Governo pretendesse determinar a sua composição num quadro de reprivatização da EDP», disse Vítor Gaspar numa audição conjunta perante as comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e Segurança Social e Trabalho.
O atual presidente da EDP, António Mexia, deverá ser reconduzido na próxima assembleia-geral da empresa como presidente do conselho de administração executivo para o triénio 2012-2014 e o antigo ministro das Finanças Eduardo Catroga encabeça a lista para o Conselho Geral e de Supervisão, ao lado de nomes como Braga de Macedo, Celeste Cardona, Ilídio Pinho e Paulo Teixeira Pinto.
O conhecimento destes nomes ligados ao PSD provocou uma reação do secretário-geral do PS, António José Seguro, que se declarou «muito surpreendido» com os nomes adiantados para o Conselho de Supervisão da EDP considerando que são uma «demonstração» da «apropriação por parte das clientelas dos partidos do Governo» de cargos públicos.
Na reunião magna de 20 de fevereiro, os acionista da EDP vão eleger os membros do Conselho Geral e de Supervisão e do Conselho de Administração (CA) executivo para o triénio 2012-2014, bem como a alteração de estatutos.